A escritora Conceição Evaristo foi aclamada com o prémio Juca Pato, sagrando-se a primeira mulher negra a ser considerada como a intelectual brasileira do ano.

Conceição Evaristo nasceu em 1946 em Belo Horizonte. Nasceu e cresceu na periferia na favela de Pindura Saia, uma comunidade extinta na década de 1970, localizada da zona sul de Belo Horizonte.

Em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro onde passou num concurso público para o magistério, permanecendo ligada aos quadros do município. Entre 1970 e 1980 foi professora da rede municipal de Niterói

Em 1997 entra para o curso de letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) onde consegue bolsa de pesquisa.

Em 1990 , estreia-se literatura com obras publicadas na série Cadernos Negros, pela organização Quilombhoje.

As suas raizes angolana, beninense, nigeriana, serra-leonina, ugandensa, sul-africana, norte-africana e indígena, fazem de Conceição uma escritora atenta, visionária e a elevam como uma das grandes figuras transformadoras da cultura afro-brasileira.

“Conceição, sua conquista é a promessa de uma nova era, de uma nova cidadania, onde as palavras são as ferramentas da transformação social, onde a literatura é o espelho de nossa humanidade compartilhada e onde a união e a equidade são os pilares de nossa convivência. Seu legado será lembrado como o catalisador de uma mudança profunda e duradoura na sociedade, onde todos, independentemente de sua origem, são convidados a participar na construção de um mundo mais inclusivo e compassivo.”